Médicos italianos salvaram a vida de dezenas de judeus em um hospital administrado pela Igreja Católica durante a Segunda Guerra Mundial ao convencer os nazistas de que os pacientes estavam infectados com uma doença mortal e contagiosa.
Quando os soldados alemães chegaram ao hospital em busca dos judeus, o diretor do hospital Giovanni Borromeo, católico fervoroso com bons contatos na Santa Sé, ofereceu-se para mostrar a eles o recinto e advertiu que havia pessoas em isolamento com sintomas de uma doença mortal e terrível que o hospital estava começando a investigar, a síndrome K.
Os médicos Vittorio Sacerdoti e Adriano Ossicini foram os autores intelectuais do artifício, que permitiu salvar dezenas de judeus da morte certa. Borromeo, Sacerdoti e Ossicini elaboraram uma grande encenação, fabricando medicamentos falsos e descrevendo os sintomas da doença fictícia para os nazistas.
Eles batizaram a doença de síndrome K para aproximar-se da doença de Koch, que estava causando muitos problemas para as tropas de Hitler na Hungria e na Polônia, naquela época.
A história foi contada em um romance recém-publicado, "Uma luz na noite de Roma".